Seminário de Catequese aborda “Dimensão Celebrativa na Iniciação à Vida Cristã’

Encontro foi promovido pelo regional Oeste 2 da CNBB

“A Dimensão Celebrativa na Iniciação à Vida Cristã”. Este foi o tema do Seminário de Catequese do regional Oeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrido em Cuiabá (MT), nos dias 23 e 24 de julho.

O evento, que reuniu 53 pessoas, contou com as assessorias do bispo de Rondonópolis (M) e referencial da Catequese, dom Juventino Kestering;  do padre Osmar Bezutte e da coordenadora regional da Catequese, irmã Ivone Hofer.

Palestras, partilhas de experiências, trabalhos em grupos, confraternização e celebrações marcaram o encontro.

No início do seminário, dom Juventino falou sobre a importância da iniciação à vida cristã como projeto da Igreja envolvendo pastorais, movimentos e presbíteros. O bispo acrescentou que a iniciação é um processo que exige mudança no catequista, na família, no planejamento da catequese, na coordenação diocesana de pastoral, nos presbíteros e na diocese. Disse também que a catequese exige uma mudança de foco e que é preciso ir até os assentamentos, aldeias indígenas, novos bairros, ou seja, ir ao encontro das pessoas.

Dimensão celebrativa

A respeito do tema, padre Osmar Bezzute ressaltou que a relação entre catequese e liturgia tem uma tradição e que o desafio é resgatar a intercomunhão entre elas. Padre Osmar apresentou ao grupo linhas formativas, entre elas:  “rever a metodologia usada na catequese, para que os encontros sejam sempre celebrativos, orantes, simbólicos; repensar as estruturas físicas onde acontece a catequese, para que se tornem espaços propícios para celebrações; questionar os modismos litúrgicos e celebrações que comunicam muito pouco do essencial da fé e que transformam a liturgia em teatro, show ou espetáculo; buscar um novo itinerário para a Iniciação Cristã, introduzindo o catequizando na vida da comunidade recuperando a riqueza do catecumenato, que fica como horizonte para a catequese; celebrar em comunidade os momentos fortes e as datas especiais do calendário litúrgico, envolvendo a comunidade, os catequizandos e os pais; superar definitivamente o modelo tradicional de catequese como doutrinação; buscar um conhecimento vivo, que ultrapasse o que é teórico, técnico-científico e abstrato”.

Segundo o assessor, “o desafio de uma catequese celebrativa é torná-la viva, fazendo com que crianças, jovens e adultos tenham vontade de voltar a se encontrar com Deus, com a comunidade e com os irmãos.  Para padre Osmar “a catequese deve esclarecer a fé, dirigir o coração para Deus; incentivar a participação nos mistérios litúrgicos, animar para o apostolado e orientar toda a vida segundo o Espírito de Cristo”.

Desafio Permanente

Ainda, durante o seminário, irmã Ivone Hofer apresentou o tema “A iniciação cristã: desafio permanente”. Segundo Ivone, “a iniciação cristã é o começo de uma caminhada, itinerário, com diversas etapas, por meio das quais o catequizando adquire maturidade, profundidade, transformação de sua vida, tornando-se um cristão adulto discípulo missionário”.

Conforme a coordenadora de catequese, “a iniciação é participar como membro ativo da vida eclesial, aprofundando o conhecimento, a celebração e a vivência da Palavra de Deus na interação fé e vida”. 
Cristãos leigos

No último dia do Seminário,  dom Juventino Kestering falou sobre a “Catequese de iniciação à vida cristã, na dimensão celebrativa”, tendo como base o Documento da CNBB N. 105, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo”.

De acordo com o bispo, compreender e viver a Igreja é fundamental para entender e valorizar a vocação, a identidade, a espiritualidade e a missão dos cristãos leigos e leigas. “Apesar do crescimento da consciência, da identidade e da missão dos cristãos leigos e leigas na Igreja e no mundo, ainda há um longo caminho a percorrer: fazer com que a catequese se transforme em processo de inspiração catecumenal. A Iniciação à Vida Cristã há de caracterizar toda a catequese de modo que todos os membros da Igreja e os que nela se insere, aos que a ela retornam encontrem o Cristo Ressuscitado, façam verdadeira experiência do amor de Deus e se tornem autênticos discípulos missionários do evangelho de Cristo”, disse.

No encerramento, houve uma celebração de envio dos participantes às suas dioceses.

Com informações e foto da Coordenação de Catequese do regional Oeste 2

 

Fonte: CNBB

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