Se você quer ser um bom pai, seja um bom esposo

Com o passar do tempo, percebi que a relação com meus filhos depende da minha relação com minha esposa

O psicoterapeuta e filósofo Piero Ferruci, em seu livro “O que as crianças nos ensinam”, confessa: “Precisei de tempo, mas no final percebi que a relação com meus filhos depende da minha relação com minha esposa. Não posso me relacionar bem com eles se não me relaciono bem com ela”.

A experiência clínica de Ferruci demonstrou que “cada ser humano é o resultado da relação entre dois indivíduos: seu pai e sua mãe. E essa relação continua vivendo dentro de nós como uma harmonia belíssima ou como uma laceração dolorosa”.

A conclusão disso parece clara: se você quer ser um bom pai, seja um grande marido. Se quer ser uma boa mãe, seja uma grande companheira para o seu esposo.

Isso parece simples, mas, na prática, não é. Por quê?

Precisamente porque nos acomodamos e abandonamos a relação conjugal à sua própria sorte. Com o tempo, vão surgindo os descontentamentos, incômodos, recriminações.

Quando um casal reage a tempo e recupera o lado belo do seu amor, os primeiros a perceber isso são os filhos.

Mas como manter e melhorar constantemente a relação conjugal? Este autor italiano é um grande romântico e acredita que a fonte do amor para os esposos radica na lembrança dos seus melhores momentos.

“Ao contrário do que muitos pensam, acho que o fato de apaixonar-se é o instante mais autêntico da relação entre duas pessoas; é quando veem que todas as possibilidades se abrem diante delas, quando tocam a essência e beleza do amor”, explica.

“Diante dos olhos da minha mente, desfilam nossos momentos mais luminosos: o primeiro passeio juntos, a decisão de nos casarmos naquela tarde de setembro, o dia em que ela foi me buscar no aeroporto em um dia chuvoso, o concerto durante a gravidez do nosso filho…”, recorda.

Tudo isso é a origem, a fonte: o lugar em que tudo vai bem e é perfeito. É positivo voltar de vez em quando às origens e beber daquela fonte de água pura.

Que tal tentar fazer o mesmo?

 

Fonte: Aleteia