Santa Sé: esforço moral e transparência na gestão das finanças

O ‘Moneyval’, organismo europeu especializado na luta contra a lavagem de dinheiro dos Estados-membros, apresentou na manhã desta quarta-feira o primeiro relatório de avaliação sobre a aplicação da normativa anti-lavagem por parte da Santa Sé.

O comunicado do ‘Moneyval’ ressalta que o relatório não é uma investigação sobre alegações passadas ou presentes de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, nem uma auditoria. Foram apenas avaliados os níveis de cumprimento das recomendações para a aplicação das normas vigentes internacionais.

Das 45 recomendações sob avaliação, o Estado da Cidade do Vaticano foi classificado da seguinte maneira: 23 (51%) são parcialmente compatíveis ou não-aderentes, e 22 (49%) são julgadas compatíveis ou em grande parte compatíveis.

O Conselho da Europa registra os “enormes progressos” feitos pela Santa Sé em breve tempo, mas convida o Estado a fazer mais e a confiar a supervisão a uma ‘autoridade independente’.

Após a publicação da nota do ‘Moneyval’, Mons. Ettore Balestrero, vice-secretário para as relações com os Estados, declarou à imprensa que das 16 recomendações essenciais para combater a luta contra a lavagem de dinheiro e financiamentos a terroristas, “existem 7 áreas às quais a Santa Sé deve e quer prestar mais atenção”.

“Para a Santa Sé – reafirmou – este caminho representa antes de tudo um compromisso moral e não estritamente técnico”. A este respeito, Mons. Balestrero citou o Motu Proprio de 30 de dezembro de 2010, no qual Bento XVI reconhece que “muito oportunamente a comunidade internacional está sempre mais adotando princípios e instrumentos jurídicos que permitem prevenir e contrastar o fenômeno da lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo”.

Fonte: Rádio Vaticano
Local: Cidade do Vaticano