Vive-se hoje numa sociedade ultrarrápida que impulsiona para o futuro com uma rapidez desconcertante.
O cotidiano passa velozmente exigindo resultados imediatos e, por vezes, muitos se entregam a uma fuga através de passatempos que malbaratam a própria existência.
Trata-se de um mundo cheio de possibilidades como o atual, mas que leva facilmente para a dispersão. Nada mais importante, portanto, do que saber desfrutar a vida.
Isto supõe antes de tudo captar plenamente a própria missão e vocação pessoal.
Daí resulta o aproveitamento máximo do tempo existencial, dilatando a capacidade de ser persistente na vivência do objetivo vislumbrado.
Aí entra a resiliência, ou a aptidão de ser firme.
Então se passa a viver ao máximo o instante presente, ou seja, o hic et nunc, o aqui e agora.
Impede-se deste modo o arrependimento pelas horas perdidas.
Eis o significado do carpe diem quam minimum credula postero – colha o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã. Para quem tem um objetivo claro este conselho horaciano leva a valorizar cada minuto, evitando a escravização às atividades inúteis.
Muito tempo se perde no uso descontrolado do computador, do celular ou da internet em geral.
Verifica-se, desta maneira, o empobrecimento pessoal, porque fica impedido aquilo que se poderia realizar de útil, através do enriquecimento individual, fazendo o mundo melhor.
Não se deve ter medo da vida, mas é de bom alvitre recear não vivê-la intensamente.
Progresso ininterrupto, mas não depois, e sim neste lugar em que se está, nesta hora que está sendo oferecida por Deus.
Todo adiamento é sempre pernicioso para si e para os outros.
Ser venturoso agora e não deixar a felicidade para depois é uma medida sábia e necessária para que o porvir seja risonho e saudável.
Razão teve Camus ao lembrar: “A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente”.
Pensar no ontem apenas para corrigir o que se fez de errado e deixar o vindouro nas mãos da providência divina é curtir com sabedoria a caminhada nesta terra.
Evitam-se, deste modo, também os condicionamentos de uma sociedade de consumo, materialista, que leva o ser humano a nunca estar satisfeito com o que tem, impedindo-o de desenvolver as qualidades que possui.
Por tudo isto nada melhor do que momentos de reflexão visando o desenvolvimento pessoal à luz dos ensinamentos do Mestre divino, Jesus Cristo.
Depara-se, deste modo, o equilíbrio no cotidiano. Atinge-se o sentido do viver, a missão pessoal neste mundo, a fixação de objetivos para progredir cada vez mais, desfrutando verdadeiramente a vida.