Passados dois anos do sismo, reconstrução do Haiti é lenta, afirma Núncio

“Passados dois anos do terremoto, 600 mil pessoas ainda estão abrigadas em barracas, inclusive seminaristas”: Palavras do Núncio Apostólico no Haiti, Dom Bernardito Auza, em declarações à Agência Fides.

“Deve-se dizer que recuperar-se de um desastre natural é sempre difícil, e ainda mais difícil neste país, onde tudo é importado, até mesmo a areia. Além disso, desde outubro de 2011, não existe mais uma entidade que se ocupa da reconstrução, desde que expirou o contrato entre o governo haitiano e empresários”, explica Dom Auza.

Cabe ao Parlamento legiferar a propósito, mas, segundo o Núncio, este tema não consta na agenda dos políticos.

A Igreja há dezenas de projeto de reconstrução, como é o caso de dois Seminários maiores, mas as fases preparatórias são longas e difíceis, principalmente no que se refere à propriedade do terreno, pois se decidiu não construir nos locais mais afetados pelo sismo.

Mas há sinais positivos, como a inauguração do novo departamento para recém-nascidos do Hospital Pediátrico Católico “São Damião”, financiado pelo Hospital “Bambino Gesù”, de Roma, ligado ao Vaticano.

Enquanto isso, explica o Núncio, os graves problemas do Haiti que existiam antes do terremoto persistem: em primeiro lugar, a pobreza material e social generalizada.

Por sua vez, o Arcebispo de Porto Príncipe, Dom Guire Poulard, divulgou uma mensagem à população, convidando a recordar os mortos e encorajando os haitianos a assumirem a situação, afirmando que eles devem ser os protagonistas da reconstrução do país.

Fonte: Rádio Vaticano
Local:Porto Príncipe