Nesta quinta-feira dia 17 de setembro o Papa Francisco recebeu em audiência na Sala Paulo VI cerca de cinco mil jovens consagrados reunidos em Roma em Encontro Mundial no contexto do Ano da Vida Consagrada.
Falando de improviso o Santo Padre respondeu a perguntas dos jovens consagrados. E começou por contar um facto concreto acontecido recentemente relacionado com o martírio dos cristãos no Médio Oriente:
“Há alguns dias atrás na Praça S. Pedro – contou o Santo Padre – um sacerdote iraquiano aproximou-se de mim e deu-me uma cruz pequena, uma cruz que tinha nas mãos o sacerdote que foi degolado porque não renegou a fé em Jesus Cristo. Esta cruz, eu trago-a aqui à luz dos testemunhos de nossos mártires de hoje, que são mais do que os mártires do primeiro século” – disse o Santo Padre.
De seguida, o Papa Francisco abordou temas específicos da vida consagrada afirmando que esta deve fazer sonhar e crescer, deve ser criativa, pois “a vida consagrada pode ser estéril, quando não é profética, quando não se permite de sonhar”.
O sonho da vida consagrada nasce da “liberdade que vem do espírito”, mas existe o perigo da observância rígida – considerou o Papa – dizendo que pode tirar a liberdade. “Porque se a observância é rígida não é observância, é egoísmo pessoal, é procurar-se a si próprio, é sentir-se mais justo do que os outros” – afirmou o Papa Francisco.
O Santo Padre falou também da cultura do provisório e da instabilidade dos tempos de hoje que influem na vida consagrada. Referiu-se também às tentações e em particular à necessidade do perdão na vida comunitária. O Papa afirmou mesmo que “nunca se deve atirar a bomba dos mexericos” numa comunidade pois “são a peste da vida comunitária”.
No final da sua intervenção o Papa Francisco afirmou que o Senhor ama-nos e acompanha cada um dos consagrados, e exortou-os a viverem na proximidade “com zelo apostólico” e aquecendo o coração dos outros.
Fonte: Rádio Vaticano
