Nas Filipinas, no espírito da Laudato si’, num ano plantar dez mil árvores

No espírito da Carta encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum, “somos todos chamados a fazer a nossa parte ao cuidar da nossa casa comum”, ressalta Dom Socrates. O prelado se diz convicto de que com a ajuda das comunidades indígenas será possível alcançar o objetivo estabelecido.

Cidade do Vaticano

As populações indígenas do vicariato de Puerto Princesa, no sul das Filipinas, plantaram mais de duas mil árvores no território, guiadas pelo bispo Socrates Mesiona.

A iniciativa, que se propõe a colher a mensagem contida na encíclica do Papa Francisco Laudato si’, durou dois dias com a plantação feita nos vilarejos de Sagpake’n e Bayog, parte do vicariato que cobre a ilha filipina de Palawan.

O objetivo final da campanha, que durará um ano, é plantar dez mil árvores na área protegida pelo monte Mantalingahan, um território habitado unicamente por populações indígenas.

Todos chamados a cuidar da nossa casa comum

No espírito da encíclica, somos todos chamados a fazer a nossa parte ao cuidar da nossa casa comum, ressaltou o prelado. Dom Socrates se diz convicto de que com a ajuda das comunidades indígenas será possível alcançar o objetivo estabelecido.

As áreas de plantação das novas árvores situam-se a setecentos metros do nível do mar e é necessário mais de uma hora de caminhada na floresta, refere a agência Fides. “É mais do que um simples projeto ambiental, pois serve também como meio de subsistência”, disse o vigário de Puerto Princesa, acrescentando que os indígenas recebem uma contribuição econômica pelas árvores plantadas.

Fórum de sensibilização sobre temas ecológicos

O líder da comunidade indígena agradeceu à Igreja católica pelo projeto. Antes da atividade de plantação, o Centro de ação social do vicariato de Puerto Princesa, em colaboração com algumas organizações da sociedade civil, realizou um fórum de sensibilização sobre temas ecológicos, falando da relação entre Deus, o homem e a criação segundo a visão cristã, e traçando os pontos centrais da encíclica do Papa Francisco.

Reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa

Nas Filipinas, a sociedade civil e, em particular, os jovens pedem já de há muito uma grande mudança e medidas adequadas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa que produzem no ambiente catástrofes naturais.

“Nos últimos meses se verificaram no arquipélago numerosos furacões que causaram a morte de centenas de pessoas e provocaram danos ingentes nos vilarejos e nos cultivos. Daí, a necessidade de pensar nas crises ambientais e nos sofrimentos dos excluídos para poder construir um futuro melhor.”

“É preciso promover um novo diálogo sobre como estamos plasmando o futuro da nossa nação e do nosso planeta, incluindo o tema do impacto ambiental das políticas de desenvolvimento”, disse o missionário do Pime e fundador do movimento pelo diálogo islâmico-cristão Silsilah, Pe. Sebastiano D’Ambra.

Desenvolver uma agricultura própria e indústrias turísticas

Uma das questões principais na ilha de Mindanao, por exemplo, diz respeito à indústria minerária, confiada a companhias nacionais e multinacionais, responsáveis pelo desmatamento e pela extração de metais preciosos e o comércio de madeira de lei.

Segundo os ambientalistas e numerosas organizações da sociedade civil, as Filipinas deveriam desenvolver mais a própria agricultura e as indústrias turísticas, permitindo também respeitar a vida das populações indígenas que necessitam de um acompanhamento no desenvolvimento.

Eis o motivo pelo qual o vicariato apostólico de Puerto Princesa empreendeu essa iniciativa com os votos de que possa ser tomada como exemplo por outras regiões do mundo, ressaltou-se.

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