Marina e Meirelles são questionados sobre aborto e defesa dos povos indígenas

Nesta quinta-feira, 20, durante o Debate de Aparecida, a candidata à presidência da República Marina Silva (Rede) afirmou que o país está sendo derrotado por uma corrupção “sistêmica” e “institucional”. “Essa corrupção é inaceitável e ela vem sendo praticada e desviando bilhões e bilhões”, disse. Segundo a candidata da Rede, a corrupção corresponde a 6% do orçamento, porcentagem que de acordo com ela deveria ser investida em educação.

Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Crédito: Reprodução/ TV Aparecida

Marina Silva disse ainda que a política está sendo usada para “enriquecimento ilícito” e que isso precisa ser combatido. De acordo com ela, a solução é dar poderes ao Ministério Público e à Polícia Federal para que investiguem e criem mecanismos para a transparência, pois segundo ela a corrupção funciona “nas escuras”. “Vamos implementar medidas para prevenir, combater a corrupção e sobretudo promover uma gestão pública, ética, competente e comprometida em servir a sociedade”, garantiu.

Na mesma linha, Henrique Meirelles (MDB) afirmou que a ética e a honestidade oferecem um simbolismo especial. Para ele, pessoas honestas e competentes ocupando cargos públicos restituiriam à credibilidade na política. “No meu caso eu trabalhei trinta e três anos em empresas, dez anos no Setor Público e nunca tive uma denúncia por corrupção, não tenho nenhum processo”, disse. O candidato relembrou ainda o período em que foi presidente do Banco Central e Ministro da Fazenda, época que de acordo com ele não houve nenhuma denúncia e tampouco investigação a seu respeito.

Povos indígenas

Marina Silva. Crédito: Reprodução/ TV Aparecida

Questionado pelo bispo de Mogi das Cruzes, dom Pedro Stringhini sobre qual será o compromisso do seu governo, se eleita, com a defesa dos povos tradicionais, particularmente indígenas, quilombolas e pescadores artesanais, Marina Silva foi enfática. “Meu compromisso é de demarcar a terra dos índios, de respeitar sua cultura e de manter sobre as minhas mãos a prerrogativa constitucional de demarcar terra de índio”, disse.

Na ocasião, Marina afirmou que a bancada ruralista quer transferir para o Congresso Nacional a decisão porque lá, segundo a candidata não há representação indígena, motivo pelo qual nenhuma terra seria demarcada. “É isso que eu vou fazer: ordenamento territorial e fundiário, demarcação das terras das comunidades tradicionais, dos índios e das unidades de conservação para proteger os direitos dos índios”, garantiu.

Integralidade da vida

Henrique Meirelles. Crédito: Reprodução/ TV Aparecida

O candidato do MDB, Henrique Meirelles respondeu ao questionamento feito pelo bispo de Osasco e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom João Bosco Barbosa sobre sua posição em relação ao aborto. Meirelles fez questão de dizer que é favorável à vida e que, portanto, defende a preservação do ser humano. “Também sou favorável aos direitos da mulher, isto é, a mulher tem e deve ter o direito de, em situações em que se justifique, tomar essa decisão difícil, dramática de [praticar o aborto], mas temos que preservar os direitos da mulher”, disse o candidato.

Na ocasião, Meirelles afirmou ainda que é preciso olhar para a questão com bom senso, inteligência e equilíbrio. “O Brasil não aguenta mais conviver em todos os assuntos com radicalismo, portanto, nós precisamos de um presidente equilibrado”, garantiu.

Considerações finais

No último bloco do Debate e em suas últimas considerações, Marina Silva disse que essa era a hora de partidos como o PT, PMDB, PSDB e DEM ficarem no banco de reserva. “Eles já tiveram oportunidade de melhorar o Brasil e não fizeram, pelo contrário, polarizaram e incitaram a cultura do ódio”, afirmou. “Eu estou aqui em legítima defesa do direito à liberdade, ao amor, a união porque com violência e polarização não se faz mais nada”, finalizou a candidata.

Por último, Meirelles disse que o Brasil hoje vive momentos de preocupação e que isso reflete em diversas situações. “Nós precisamos de um candidato competente, do centro democrático e que tenha experiência comprovada. Além de eu ter criado dez milhões de empregos, colaborando e permitindo que a economia crescesse criando a estabilização no Brasil, também tive a oportunidade de tirar o Brasil da crise nos últimos dois anos”, disse.

Segundo Meirelles, agora é o momento de criar dez milhões de empregos novos no Brasil. “Em quatro anos eu tenho condições de fazer isso, preciso apenas da sua confiança e do seu voto!”, finalizou o candidato.

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