Lei na Austrália obriga padres a romperem o sigilo da confissão

Mas arcebispo é firme: “Sacerdotes não podem cumprir uma lei que os obriga a violar o seu compromisso com a inviolabilidade do sigilo sacramental”

Sob o risco de serem condenados a até 3 anos de prisão, os sacerdotes católicos do Estado australiano de Victoria passam a ser civilmente obrigados, por lei, a denunciar os crimes de abuso contra menores que venham a conhecer por meio da confissão ouvida de fiéis que procuram o sacramento da reconciliação.A lei, que ataca o sigilo sacramental, é semelhante a outra já aprovada no também australiano Estado da Tasmânia.

Dom Julian Charles Porteous, arcebispo de Hobart, reforço que os sacerdotes católicos não podem violar o segredo de confissão, independentemente do que determine a legislação civil.

“Os sacerdotes e todos os que trabalham para a Igreja entendem as suas obrigações perante a lei de informar sobre assuntos de abuso sexual infantil. No entanto, os sacerdotes não podem cumprir uma lei que os obriga a violar o seu compromisso com o ensinamento perene da Igreja sobre a inviolabilidade do sigilo sacramental. Como Arcebispo, é meu dever defender a doutrina católica sobre este assunto. Santos como São Mateus Correa Magallanes e São João Nepomuceno, que deram a vida para defender o sigilo do confessionário, sabiam que não importava a razão dada pelo governo, não importava o quanto fossem nobres as suas intenções: o fato é que romper o sigilo do confessionário constituiria o fim do sacramento”.

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