“Enviados para testemunhar o Evangelho da paz”

    Há poucos anos vivemos uma passagem de século e de milênio. Daquilo que é bem conhecido da história e foi registrado, nenhuma geração viveu tantas mudanças tecnológicas, medicinais, culturais, familiares, educacionais, religiosas, costumes. Quem iluminava a casa com lamparina agora ilumina com lâmpadas ligadas à energia elétrica, quem precisava de máquina de escrever fez a troca por impressoras ligadas a computadores, os arados de tração animal e enxadas foram trocados por tratores e pulverizadores, para citar alguns exemplos. Mudanças feitas sem traumas e que trouxeram um conforto invejável. As coisas velhas foram para o lixo, para sucata e alguma coisa para o museu.

    Como fica Jesus Cristo e seu Evangelho? Em relação a nós, o Evangelho pregado por Jesus é antigo e muito mais antigo que a máquina de escrever. Será que também deve ser colocado no lixo ou no museu? Certamente, todos nós conhecemos alguém que pensa desta maneira e defende esta ideia. Outros não falam abertamente, mas vivem sem dar a menor importância a Jesus Cristo e seus ensinamentos. Consideram que tudo o que se refere a Deus, à religião é assunto do passado, portanto ultrapassado e irrelevante.

    A mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões de 2018 foi intitulada: “Juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos”. Começa se dirigindo aos jovens porque, entre os dias 04 a 28 de outubro, acontece, em Roma, o Sínodo dos Bispos que tem por tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Nesta mensagem Francisco afirma: “O que me impele a falar a todos, dialogando convosco, é a certeza de que a fé cristã permanece sempre jovem, quando se abre à missão que Cristo nos confia”.

    A Igreja tem a plena certeza que Jesus e seus ensinamentos não são assunto do passado ou como o papa disse “a fé cristã permanece sempre jovem”, portanto é sempre atual, sempre contemporânea, sempre necessária. É sempre uma Boa Nova a ser anunciada e vivida. Os ensinamentos da religião não se referem a equipamentos, maquinários, mas falam da relação com Deus e com o próximo. Ensinam a escolher o caminho da vida, da partilha, da paz e do amor.

    A tecnologia digital, as redes sociais permitem ter contato com muitas pessoas, mas é contato intermediado pela tecnologia que não significa ter comunhão de vida. Numa casa, num escritório, numa indústria cheia de tecnologia não se pode esquecer que são equipamentos operados por pessoas e são as pessoas que têm vontade, liberdade, sentimentos, divergências. O modo como Jesus se relacionava e seus ensinamentos continuam a ser o segredo para o bom relacionamento hoje, em qualquer ambiente: escuta, atenção, fraternidade, diálogo respeitoso e sem agressividade, perdão, misericórdia.

    Jesus Cristo enviou os seus discípulos e, hoje a nós, a irem pelo mundo para anunciar o Evangelho. É um mandato que não tem prazo para encerrar, portanto a geração atual tem absoluto direito e a necessidade de conhecer Jesus e seus ensinamentos. O mundo hoje é moderno em algumas coisas, mas em muitas outras nem tanto. Não é preciso fazer muito esforço para perceber a presença do mal e do Maligno. A proposta de quem crê é anunciar a Boa Nova e permitir a aceitação de Deus e seu amor que conduzem ao sentido do viver nesta terra, na qual todo homem e mulher é uma missão e tem uma missão. Sejamos alegres anunciadores de Jesus Cristo e o mundo vai nos agradecer.

     

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