17.9 C
São Paulo
quarta-feira, 24 abril, 2024.
Início Destaque Cruz, sinal do cristão

Cruz, sinal do cristão

Como Igreja, caminhamos juntos em um tempo de penitência quaresmal que culminará no grande “Aleluia”
da Festa da Páscoa. Este tempo é marcado pela contemplação do sacrifício de Jesus; e o sinal do sacrifício salvífico é a cruz. Ela é o tesouro que contém em si todo o bem. No batismo fomos marcados com o sinal da cruz. Os sacramentos que nos fizeram crescer na graça, os pedidos e as orações, cada bênção que caiu sobre nós, – tudo, realmente tudo na vida cristã encontra sua identidade no selo da cruz.

Toda luz, toda força espiritual, todo motivo de esperança tem sua origem na cruz. O madeiro da vergonha dos escravos se tornou a fonte da renovação do mundo. Se quisermos ser discípulos de Jesus e alcançar a felicidade eterna, devemos seguir os seus passos; e nestes, cedo ou tarde, vamos encontrar a cruz. Mas na cruz, embebida com o precioso sangue de Cristo, brilha ao mesmo tempo a luz da vitória.

Quanta luz vem da cruz! Ela nos diz que a nossa separação de Deus foi superada no momento em que o Filho de Deus se sacrificou pelas nossas culpas e, morrendo, pediu perdão por nós. Nenhuma das nossas iniquidades é maior que o perdão de Cristo. Até mesmo aquele que foi condenado por ser culpado recebe a promessa: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43). É por isso que o incentivo vale
para todos: “Coragem!”

Na cruz esta perspectiva de salvação é oferecida a todos nós. Mas cada um individualmente deve colocar os seus próprios pecados aos pés da cruz e dobrar os joelhos diante de Jesus infinitamente misericordioso. Concretamente isso significa fazer uma boa confissão sacramental, com um coração arrependido e o propósito sincero de não mais pecar. Mesmo sabendo que, por causa da nossa fraqueza, vamos cair de novo, cada um de nós deve dar esse passo para a confissão! Está na hora de aprender a apreciar de modo novo este sacramento.

Hoje se fala muito dos pecados dos homens e mulheres da Igreja, de reformas e de renovação. Mas uma renovação autêntica só pode acontecer se usarmos os recursos que o próprio Jesus nos deu para isso! Portanto, os sacerdotes devem estar sempre disponíveis quando se trata da confissão. E eles mesmos devem dar o exemplo, confessando-se com frequência. Isso trará um grande ganho para todos. É assim que se realizam revoluções pacíficas, revoluções do bem!

Asseguro a minha oração e bênção para vocês e para todos, e desejo-lhes uma verdadeira, santa e transformadora Páscoa!

Card. Mauro Piacenza
Presidente Internacional
da ACN

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here