Crise na Venezuela atinge a Igreja, com assaltos nas paróquias e padres assassinados

A situação na Venezuela chama a atenção da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) diante do aumento de casos de assaltos, mortes e falta de assistência médico-hospitalar violência que atinge as paróquias e o clero venezuelanos. A entidade lançou uma campanha global para auxiliar a Igreja na Venezuela, diante de mais um caso de padre assassinado no país.

 

O Padre Iraluis García, da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, levou três tiros de indivíduos que roubavam sua van, no início de Julho. O fato aconteceu no terreno paroquial da igreja e foi confirmado em um comunicado da Diocese de Barquisimeto, no oeste do país.

 

Padres mortos pela violência

Devido à falta de informações confiáveis, é difícil dar uma estimativa do número de religiosos que foram assassinados nessa onda de violência que atinge a Venezuela nos últimos anos. É fato, entretanto, que a Igreja já sofreu com muitas mortes.

 

Em março de 2017, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia expressou sua tristeza pelo assassinato do padre colombiano Diego Bedoya Castrillón, que foi assassinado em Aragua, na Venezuela, durante um ataque ao convento da comunidade religiosa onde estava hospedado. Em 2016, o Padre Darwin Gámez foi assassinado a golpes de faca, em San Cristóbal, no sudeste do país, durante o que se presume ser um assalto enquanto ele realizava atividades esportivas.

 

E o Padre Reinaldo Lures, capelão militar das Forças Armadas venezuelanas, foi vítima de sequestro e posterior assassinato, em setembro de 2014. Além disso, nesse mesmo ano, dois salesianos, o Padre Jesús Erasmo Plaza e o leigo Luis Heriberto Sánchez, morreram no Colégio Dom Bosco, em Valência, depois de terem sido espancados durante um assalto no edifício.

 

Falta de assistência médica

De acordo com fontes próximas da ACN, pelo menos três padres morreram no país desde o início de 2017 por falta de assistência médica. Outros 10 sacerdotes foram forçados a deixar o país, pois não tinham como continuar o tratamento do câncer em alguns casos, ou de outras doenças crônicas como a diabetes.

 

Um apelo

O Arcebispo José Luis de Maracaibo, presidente da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV), expressou sua preocupação com a situação no país durante seu discurso na assembléia ordinária da CEV, realizada no sábado, 7 de julho, dois dias antes do assassinato do Padre Iraluis García: “as eleições presidenciais geraram mais dúvidas do que certezas. Desse modo, os milhares de protestos que acontecem todos os dias, mesmo que não estejam sendo divulgados na mídia, são testemunho do grande descontentamento que os venezuelanos têm sentido ao serem submetidos a medidas arbitrárias que caracterizam o sistema e apontam para a irracionalidade e incompetência daqueles quem tem o dever de tomar decisões em assuntos públicos. Esses protestos apontam para o fracasso de um modelo que já é denunciado em voz alta e por muitos anos”.

A ACN apela para uma campanha urgente de oração e apoio à Venezuela: https://www.acn.org.br/noticias/a-venezuela-precisa-do-seu-apoio-e-de-suas-oracoes/

 

Fonte: ACN

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