Com Maria iniciamos 2019 no seguimento de Jesus!

    Para a Mãe Igreja Católica, o início do ano civil não é o mesmo do ano litúrgico. Há mais de um mês iniciávamos o tempo de esperança que é o Advento para bem celebrar o Natal do Senhor. Dentro da oitava do Natal, com alegria, celebramos a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria Santíssima, Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe. Ao longo da história bi-milenar da Igreja Católica, a solenidade de hoje é centrada no mistério da Encarnação. Celebramos hoje o “onomástico”, o nome de Jesus, o dia em que seus pais lhe deram o nome anunciado pelo anjo: Jesus, o Salvador da humanidade.

    Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes. Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade da Mãe de Deus: somos convidados a olhar a figura de Maria, aquela que, com o seu sim ao projeto de Deus, nos ofereceu a figura de Jesus, o nosso libertador. Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI quis que, neste dia, os cristãos rezassem pela paz. Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nunca nos deixa, mas que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude. As leituras de hoje exploram, portanto, diversas coordenadas. Elas têm a ver com esta multiplicidade de evocações.

    Na primeira leitura(cf. Nm 6,22-27), sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada, como bênção que nos proporciona a vida em plenitude.

    Na segunda leitura(cf. Gl 4,4-7), a liturgia evoca outra vez o amor de Deus, que enviou o seu “Filho” ao nosso encontro, a fim de nos libertar da escravidão da Lei e nos tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-Lhe “papá”.

    O Evangelho(cf. Lc 2,16-21) mostra como a chegada do projeto libertador de Deus (que veio ao nosso encontro em Jesus) provoca alegria e contentamento por parte daqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os débeis. Convida-nos, também, a louvar a Deus pelo seu cuidado e amor e a testemunhar a libertação de Deus aos homens.

    Não basta Cristo ter nascido para nós: cada um de nós é convidado, pelo Batismo plenamente assumido e vivido, a nascer para Jesus. É esta a imensa bênção(Nm 6,23) que recebemos neste primeiro dia do ano: Cristo nasce de Maria para cada um de nós e nós, ao acolhermos Jesus em nosso seio, torna-nos outras “Marias”, outras mães de Jesus. Ser mãe de Cristo, ser outros Cristos para nossos irmãos, é nossa sublime vocação de batizado e nossa maior bênção, e que deve nos acompanhar o ano inteiro.

    Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do batizado que é sensível ao projeto de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização do projeto divino de salvação para o mundo.

    Tradicionalmente, no dia 01 de janeiro, a Mãe Igreja celebra o Dia Mundial da Paz. a Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz como um desafio aos governantes, para se tornarem “mediadores” de um verdadeiro futuro para todos. O Papa  Francisco ao  aponta 12 “vícios” que no seu entender enfraquecem o ideal duma vida democrática autêntica, são a vergonha da vida pública e colocam em perigo a paz social”. “A corrupção – nas suas múltiplas formas de apropriação indevida dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas –, a negação do direito, a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento ilegal, a justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da ‘razão de Estado’, a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o racismo, a recusa a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos naturais em razão do lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao exílio”.

    O Papa Francisco dedica às novas gerações, para reforçar que “a política não deve privar os jovens do seu futuro, ou privá-los da experiência da paz”, como acontece “mesmo agora”.

    De todos nós, homens e mulheres que servimos na generosidade ao povo de Deus, devemos, como pede o Papa a nos comprometer com a política de integridade rechaçando qualquer prática de corrupção, vivendo uma vida reta e consertando rumos que por ventura tenham se desviado do caminho do honesto, justo e santo.

    Que Maria Santíssima, a mãe da caridade e da misericórdia, Rainha da Paz, nos ajudem a nos alimentar da Palavra do Senhor que nos completa com a sua força salvadora e nos coloca a trilhar o caminho da paz.

    As pessoas vítimas de injustiças e de guerras, de violência de todas as sortes, merecem nossa proximidade espiritual e nossa oração neste primeiro de janeiro para que tenhamos consciência e convicção de que devemos crescer continuamente na vocação e na vivência da paz! Que Nossa Senhora nos ajude neste bom propósito de construtores da paz e da misericórdia! Abençoado ano de 2019!

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