Bispos da Nova Zelândia “horrorizados” com atentados terroristas a mesquitas

Os Bispos católicos da Nova Zelândia enviaram suas orações e afirmaram estar “profundamente entristecidos” e “horrorizados” com o atentado terrorista em duas mesquitas da cidade de Christchurch.

O atentado ocorreu nesta sexta-feira, 15 de março, por volta das 13h40 (horário local), quando a comunidade muçulmana estava em um momento de oração. Até o momento, foram reportados ao menos 49 mortos e 48 feridos.

“Nós os mantemos em nossa oração enquanto escutamos as terríveis notícias da violência contra os muçulmanos nas mesquitas de Christchurch”, escreveram os bispos em sua mensagem divulgada nesta sexta-feira.

As autoridades da Nova Zelândia informaram que um homem de aproximadamente 20 anos foi acusado de assassinato e outros dois suspeitos estão sob custódia policial. Os atentados aconteceram nas mesquitas de Masjid Al Noor e Linwood, em Christchurch.

Um dos terroristas transmitiu os assassinatos ao vivo através de sua conta do Facebook durante a “sexta-feira de oração”. A polícia também encontrou dois explosivos conectados ao seu veículo.

“Somos muito conscientes das boas relações que temos com os muçulmanos nessa terra e estamos abalados pelo fato de que isso tenha acontecido em um lugar e um momento de oração”, continuaram os bispos em sua mensagem.

Também asseguraram estar “profundamente entristecidos pelas pessoas mortas e feridas, e os nossos corações se voltam para eles, suas famílias e a comunidade em geral. Queremos que tenham consciência da nossa solidariedade para com vocês diante de tal violência”, acrescentaram.

No final da mensagem, os bispos assinaram com as palavras “Paz, Salaam”.

Até o momento, os ataques causaram uma grande quantidade de condolências e solidariedade em toda a comunidade internacional.

Horas depois do atentado, o Papa Francisco também lamentou esses “atos de violência sem sentido” e garantiu a todos os neozelandeses, particularmente à comunidade muçulmana, “sua sincera solidariedade após esses atentados”.

Por sua parte, o Bispo de Christchurch, Dom Paul Martin, enviou uma mensagem nas redes sociais dizendo que “as palavras não podem expressar nossa angústia”.

“Nossas orações estão com aqueles que estão sofrendo. Convido-os agora, onde quer que estejam, sozinhos ou em família, companheiros de trabalho ou amigos, a rezarmos juntos a oração de São Francisco de Assis: Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz”, escreveu o Arcebispo.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, indicou que está “claro que isso agora só pode ser descrito como um atentado terrorista” e que os pensamentos e as orações da nação estão com “aqueles que foram afetados hoje”.

Também na manhã desta sexta-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, se referiu aos ataques durante uma coletiva de imprensa em Washington D.C.

“Ofereço minhas condolências pessoais à nação da Nova Zelândia depois dos ataques grotescos às mesquitas em Christchurch”, disse Pompeo.

“Os pensamentos e orações do povo norte-americano estão com as vítimas e suas famílias hoje. Os Estados Unidos condenam este atentado odioso e prometemos nossa solidariedade inabalável com o governo e o povo da Nova Zelândia nesta hora de escuridão”, acrescentou.

Depois dos atentados, todas as mesquitas da Nova Zelândia foram fechadas pela polícia e várias vigílias estão sendo realizadas no país.

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