Assunção: Deus recorre aos humildes

    Na Assunção de Nossa Senhora, aprende-se que Deus recorre aos humildes para realizar sua obra redentora, no seu solidário e transbordante gesto de visitar sua prima Isabel. Maria nos ensina que é indispensável a vivência da palavra de Deus, como condição sine qua non para a realização da criatura humana neste mundo, que, em um incessante compromisso com o mundo – pela busca da paz, da concórdia e da justiça –, torna-se urgente o vinho novo, o da nova aliança, outrora solicitado pela Mãe ao Filho, renovando-se em Maria os sonhos de esperança, naquela mulher “vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”.

     

    Maria mostra aos seguidores do seu Filho, Jesus de Nazaré, que o amor de Deus por nós é eterno. Ela nos ensina a recordar e a ter certeza, lá do céu, transfigurada, da promessa da plenitude no triunfo da nova humanidade, longe de toda e qualquer degradação. É desse modo, na mesma alegria, que a contemplamos, pasmados, nos prodígios divinos em favor do povo de Deus, que caminha na esperança de um dia participar de sua companhia e seu fenomenal convívio.

     

    A grande verdade é que na Santa Virgem Maria, de acordo com o projeto insondável de Deus Pai, realiza-se nela, criatura humana descomunal, junto de Deus, a felicidade do gênero humano. Nas engenhosas palavras do Cardeal Aloísio Lorscheider, Maria é “toda bela, toda pura, toda santa, a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra do seu povo, a nossa honra, garantindo o pleno êxito da redenção pela sua íntima participação na obra redentora do seu Filho”.

     

    Ajudai-nos, ó Deus, com a Assunção de Maria, vossa servidora fiel, a vivermos nossa fé e nosso batismo, pela solidária visita à sua prima Isabel! Como peregrino neste mundo, pelo seu exemplo, que possamos reconhecer a voz da Igreja, ao declamar o mesmo hino de louvor que ela alegremente cantou: “Minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas”. Assim seja!

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