Agradecimentos e depoimentos marcam cerimônia de entrega dos Prêmios de Comunicação da CNBB

De 200 obras inscritas, nove foram contempladas

Comunicadores de diferentes lugares do Brasil foram agraciados com os Prêmios de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na noite da última sexta-feira, 8. A cerimônia de entrega foi transmitida, ao vivo, direto do auditório da TV Aparecida.  Apresentaram o programa os cantores Jake Trevisan e Gil Monteiro. A animação ficou por conta do grupo musical Cantores de Deus”. Vários bispos assistiram ao evento.

Na abertura, o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, falou sobre a importância dos prêmios, que tem como objetivo “reconhecer a arte e o mérito dos profissionais dos meios de comunicação social”.

De acordo com dom Sergio, “a Igreja se alegra e celebra a força do trabalho da comunicação que coloca em evidência os valores humanos e os ensinamentos do Evangelho de Cristo”.

Os Prêmios de Comunicação da CNBB contemplam quatro categorias da área: cinema, televisão, imprensa e rádio. Em 2016, mais de 200 obras foram inscritas. Num primeiro momento, foi realizada uma triagem dos trabalhos pelo júri técnico constituído por profissionais e docentes da área da Comunicação. Em seguida, uma comissão de bispos selecionou os ganhadores.

“Acolhemos, com alegria, muitas inscrições de profissionais que fizeram questão de mostrar seus filmes, programas de TV, documentários e reportagens. Devo dizer que tivemos contato com grandes obras”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, dom Darci Nicioli, na cerimônia de entrega dos prêmios.
Vencedores

O prêmio Margarida de Prata, dedicado ao cinema, foi criado em 1967, no período ditatorial no Brasil, com a finalidade de apoiar a produção cultural livre. Desde então, mais de cem filmes foram contemplados nesta categoria. Na edição de 2016, receberam o Margarida de Prata “Todas as vidas: Cora Carolina”, de Renato Barbieri, e “Despertar para Sonhar”, de Osmar Koxne.

Ao ser agraciado, Barbieri destacou o papel de Cora Carolina. “Foi uma mulher extraordinária, à frente do seu tempo, que expressou muitas vozes: vozes do passado, futuro e dos que não têm voz”, afirmou. Por sua, Koxne, falou sobre a importância do prêmio. “É um grande incentivo para que continuemos a produzir grandes filmes”, disse.

Com o Microfone de Prata, prêmio que nasceu em 1980 com o objetivo de valorizar a comunicação voltada para justiça social, promoção humana, evangelização e criatividade, foram contempladas as rádios Excelsior da Bahia, 9 de Julho da arquidiocese de São Paulo e São Francisco/Rede Sul de Rádio.

A rádio Excelsior da Bahia ganhou o Microfone de Prata na categoria de programa radiofônico religioso, ao abordar a vida da irmã Dulce. O prêmio foi entregue ao bispo auxiliar de Salvador (BA), dom Estevan Filho, que disse que “a obra dá continuidade à trajetória da irmã Dulce na cidade de Salvador”. Já a 9 de Julho, foi reconhecida na categoria entretenimento com o programa Certas Canções. “O programa surgiu de um projeto de extensão apresentado da universidade, com a finalidade de estabelecer uma relação entre teologia e a música popular brasileira”, explicou o padre Antônio Manzato. No radiojornalismo ganhou a reportagem “os imigrantes em terras brasileiras”, da rádio São Francisco. Ao receber o prêmio, o jornalista Tales Giovanni chamou a atenção para a situação dos imigrantes. “Ninguém sai da sua terra sem o desejo de vencer. É preciso ouvir todos os lados, inclusive dos imigrantes”, destacou.

O prêmio Dom Hélder Câmara de Imprensa, destinado a jornais impressos e revistas, existe desde 2002. Na edição deste ano, as matérias do Correio Braziliense, “Brasil de Ressaca”, e da revista Família Cristã, “Eles não têm culpa”, foram as ganhadoras. Na cerimônia, o jornalista do Correio, Diego Amorim,  disse que sua série de reportagens, que trata do impacto do alcoolismo nos diferentes âmbitos, tocou num tema bastante sensível e gerou muita reflexão. “Quisemos trazer um alerta para o Brasil”, completou.

A matéria “Eles não têm culpa” aborda a situação dos filhos de presidiários e presidiárias. Nathan Xavier dedicou o prêmio aos agentes da Pastoral Carcerária. “Agradecemos a irmã Pietra (coordenadora da Pastoral Carcerária) por nos ajudar na construção de uma reportagem sobre uma realidade tão delicada de nosso País que é a questão carcerária. Que este trabalho seja estendido à Pastoral Carcerária”.

O Clara de Assis, prêmio mais recente da CNBB, surgido em 2005, valoriza programas televisivos que apresentam valores éticos e cristãos e que promovem uma comunicação solidária a serviço do bem comum. Neste ano, os ganhadores foram a TV Brasil, pelo documentário “Loucura e Liberdade: saúde mental em Barbacena”, e a TV Aparecida, pela reportagem “Desafios da Igreja: Ilha de Marajó”.

A jornalista Manoela Castro disse que em dez dias de gravações para o documentário “Loucura e Liberdade” percebeu o quanto essas pessoas precisam ser amadas e respeitadas. “Loucura mesmo é desrespeitar essas pessoas”, ressaltou.

Para o jornalista José Sobrinho, da TV Aparecida, o prêmio mostra que a CNBB está atenta à população que sofre na Ilha de Marajó. “Se não fosse a Igreja, a situação seria ainda mais triste”, acrescentou.

Confira as fotos da cerimônia de entrega dos Prêmios de Comunicação no flickr da CNBB pelo endereço: https://www.flickr.com/photos/cnbbnacional

Fonte: CNBB

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