Ação dos agentes da Pastoral da Criança é exemplo da “gratuidade humana”

“Recebestes de graça, dai de graça!”, este trecho do Evangelho de Mateus é o tema da mensagem do papa Francisco para o 27º Dia Mundial do Enfermo, que será celebrado no dia 11 de fevereiro, próxima segunda. No texto, Francisco recorda a figura de Santa Madre Teresa de Calcutá, modelo de caridade que tornou visível o amor de Deus pelos pobres e os doentes. Ela foi canonizada por Francisco, em setembro de 2016, no contexto do Jubileu da Misericórdia.

Outras pessoas lembradas pelo papa em sua mensagem são os voluntários, a quem Francisco expressa seu agradecimento e encorajamento. “A gratuidade humana é o fermento da ação dos voluntários, que têm tanta importância no setor socio-sanitário e que vivem de modo eloquente a espiritualidade do Bom Samaritano”, diz em um trecho.

No Brasil, um exemplo de “bom samaritano” é o dos “líderes voluntários” capacitados pela Pastoral da Criança, organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que tem por missão promover o desenvolvimento das crianças, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, do ventre materno aos seis anos de idade. Os líderes voluntários, como são chamados pelo Estatuto do Organismo, assumem a tarefa de orientar e acompanhar as famílias em ações básicas de saúde, educação, nutrição e cidadania.

São eles os responsáveis por dar assistência a gestantes e até 15 crianças de famílias próximas à sua casa, realizando visitas domiciliares, com o objetivo de acompanhar a situação de vida e as necessidades reais das famílias para poder ajudá-las. Segundo o presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança, dom Anuar Battisti, os líderes voluntários são a grande força que move a Pastoral. 

“Eles são os nossos alicerces e merecem toda nossa gratidão e orações. Graças à dedicação de cada voluntário e colaborador da Pastoral da Criança, a história do Brasil nos últimos 35 anos foi marcada pela vitória da vida contra a morte precoce de crianças e gestantes”, afirma o bispo.

Mensalmente, os líderes voluntários também realizam o Dia da Celebração da Vida, que é quando as gestantes, crianças e suas famílias se reúnem para conversar e reforçar laços de fraternidade entre todos. Outra atividade realizada por eles é a reunião para reflexão e avaliação. Nela, os líderes avaliam os seus trabalhos e levantam pontos de atenção que são discutidos e mostram situações que envolvam a criança como a falta de aleitamento, baixo peso, mortalidade, obesidade, desnutrição, entre outros problemas.

Dom Anuar Battisti considera que os voluntários trouxeram vários ganhos nas comunidades. “Estão mais organizadas, esclarecidas e mais fortes”, salienta. O bispo considera que os ingredientes de sucesso que a Pastoral da Criança levou para milhares de cidades conduz agora para um novo desafio: o de avançar ainda mais na construção de melhorias para as famílias e nos serviços públicos para a criança se desenvolver com saúde, paz e oportunidades para brincar e estudar.

Para isso, de acordo com ele, é preciso sempre conquistar mais voluntários. “A Pastoral da Criança está sempre aberta para receber voluntários nas comunidades que querem se unir à nós em oração e ação para levar Vida em Abundância para todas as crianças e gestantes pobres da Brasil e dos mais de 10 países que atuamos”, diz o bispo.

Atualmente, para se tornar líder é preciso fazer um curso oferecido pela Pastoral da Criança sobre saúde e desenvolvimento da criança. Existem também voluntários para outras ações como capacitadores, conselheiros, articuladores, brinquedistas, colaboradores das hortas domésticas e comunicadores populares. “O voluntariado é, sim, a base do trabalho realizado pela Pastoral. Os voluntários propagam diariamente fé e vida entre as crianças, famílias e gestantes acompanhadas em milhares de comunidades em todo o Brasil”, finaliza dom Anuar.

Saiba mais sobre a Pastoral da Criança no site: https://www.pastoraldacrianca.org.br/

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here