300 anos de bênçãos e de graças

    “300 anos de devoção à Maria; 300 anos de oração com Maria; 300 anos de adoração a Jesus; Nestas colinas de Aparecida./ Solidários no Sacrário, Missionários queremos ser./ Pequenina, restaurada/ A sua Imagem nos ensinou/ A ser um povo que não sabe esmorecer. / E se acaso for ferido, / oprimido e esmagado,/  esquecido e machucado, / Outra vez reencontrado, /nosso povo saberá renascer.” Assim canta o Hino oficial dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba, SP, composto pelo Pe. Zezinho, scj.
    “300 anos de devoção a Maria”! Devoção à Maria e não adoração à Maria. A Igreja Católica sempre orientou e educou os seus fiéis sobre o verdadeiro culto à Maria. O papa Paulo VI, em 1974, escreveu a exortação “Marialis Cultus”, – Culto à Maria – onde esclarece sobre o culto à Maria na liturgia, reafirma os fundamentos bíblicos, cristológicos, eclesiológicos, ecumênicos e antropológicos para o culto mariano e dá indicações sobre a piedade mariana do Angelus e do Santo Rosário.
    A devoção à Maria está presente desde o começo do cristianismo. Ela não é fortuita e nem idolátrica. A devoção nasce da participação de Maria na história da salvação. A obra salvadora de Deus realiza-se com a sua efetiva participação. A bem-aventurada virgem Maria é exemplo na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo. Ela soube ouvir e a colher a Palavra de Deus com fé. “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. É assim que ela responde ao anúncio de que ela era a escolhida para ser a mãe do Salvador.
    “300 anos de oração com Maria”! O santo Evangelho descreve Maria como mulher de oração. O Magnificat (Lc 1,47-58) é a sua oração por excelência onde agradece as maravilhas que Deus operou nela e através dela, em favor do povo. Nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-12), ela intercede a Jesus, por uma necessidade temporal dos noivos: “eles não têm vinho”. A última passagem bíblica que fala de Maria está em Atos dos Apóstolos 1,14: “Todos eles perseveravam na oração em comum, juntamente com algumas mulheres – entre elas, Maria, mãe de Jesus – e com os irmãos dele”.
    É Maria que reza com a Igreja e os fiéis rezam com ela. Uma riqueza de orações e devoções foram surgindo, mas sem dúvida a mais comunitária é a Oração do Rosário. Nesta oração, são meditados 18 fatos da vida de Jesus Cristo e dois de Maria. Repete-se a oração do Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória ao Pai. A Ave-Maria é composta de duas frases bíblicas, seguida de uma súplica.
    “300 anos de adoração a Jesus”! “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor me venha visitar”? (Lc 1, 42-43), exclama Isabel. O mistério do Natal fala do menino nascido e dos cuidados maternos da mãe Maria. Para que Jesus pudesse falar de “viva voz”, ser ouvido, tocado e ele pudesse tocar, ver, visitar o seu povo, precisou assumir a condição da finitude humana. Deus quis precisar do ser humano, confiar-se aos cuidados de uma mãe. Maria foi a escolhida e ela fez esta mediação.
    O ponto de chegada e o mais importante de todas as grandes manifestações de devoção mariana é a Celebração da Eucaristia, onde celebra-se o mistério da vida, paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Compreende-se e venera-se Maria dentro deste mistério.
    Maria é grande porque ela engrandece a Deus, as suas iniciativas e a sua obra salvadora. Ave-Maria! Cheia de graça! O Senhor está contigo!

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    Arcebispo de Passo Fundo, dom Rodolfo Luís Webber ingressou em 1976 no Seminário Menor São João Vianney. Foi ordenado diácono em 17 de junho de 1990 e presbítero no dia 05 de janeiro de 1991, e bispo, em 15 de maio de 2009, para a prelazia de Cristalândia no Tocantins. Possui pós-graduação em Psicopedagogia e mestrado em Filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma. Durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB, dom Rodolfo Weber foi eleito secretário do regional Centro-Oeste.

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